A taxa anual de inflação no Brasil disparou para 5,06% em fevereiro de 2025, ante 4,56% no mês anterior, a mais alta desde setembro de 2023 e acima das expectativas de mercado de 5%.
O aumento ocorreu apesar da tentativa do governo de limitar a distância da taxa em relação ao limite superior de tolerância de 4,5% do Banco Central do Brasil, restringindo o espaço para uma reação menos hawkish à desaceleração do crescimento do PIB.
Os preços ao consumidor aumentaram para habitação e serviços públicos (3,78% vs -0,36% em janeiro) devido a um impacto menos intenso dos créditos temporários nas contas de eletricidade pelo governo, o que impulsionou os custos de energia a subirem acentuadamente (0,33% vs -13,98%).
A inflação também acelerou para alimentos e bebidas (7,25% vs 7%), vestuário (2,95% vs 2,49%) e bens e serviços de manutenção doméstica (1,51% vs 0,99%).
Por outro lado, a inflação dos transportes desacelerou ligeiramente (5,21% vs 5,32%).
Em relação ao mês anterior, os preços ao consumidor subiram 1,3%.